segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Do Ré Mi

Arte que toca a alma,
arte que ilumina, grande
arte que nos fascina e
que sempre nos ensina.

Símbolos usados para
representar sons, sete
notas, que em uma
composição, se transformam
em melodias, ritmos e
harmonia.

Viola,violão, tocando
minha canção, em cada
compasso tocado,
simultaneamente se formam,
e se ouvem canções.

Canções que trazem,
lembranças diversas,
momentos felizes, outros
nem tanto, lembranças
presentes, lembranças
remotas.

Eu a vi no canto dos
pássaros, eu a vi na
voz de cantores, de
amigos, de mendigos..

Ela, transformadora.
Criadora, traz em seus
acordes, a paz que acalenta,
que faz soar em tibres
agudos e graves, nossos
do ré mi fás.

Derlange Ataides










domingo, 19 de agosto de 2012

Vlad Tepes: Draculea Sanguinarius


Hoje a harmonia tomou-me por completo
A
través de seus olhos contemplei o portão do inferno aberto,
R
aras são as oportunidades que posso libertar-me dessa casca humana
M
omentos de gozo; insanidade, prazer e vingança,
O
cheiro do seu sangue exala um delicioso perfume através da sua carne
N
as suas veias corre o néctar que sacia meu delírio e me afasta do óbito,
I
nebriante, incessante, constante e pulsando é o sabor do seu sangue: meu ópio!
A
sede é insaciável, a loucura indomável; e o seu sabor escarlate alucina meu olfato,

Interminável é a característica principal do desejo
Na doçura de cada gotícula encontra-se o sabor ostensivo de todo meu anseio,
Fartai-te repugnante conde, pois, nobreza não falta para seu deleite
Entre os lascivos desejos servi-se da essência de alguém é o menor dos erros,
Rajadas, golfadas, rastros feitos com o néctar escarlate deixado por toda parte
Na imensidão de suas catacumbas saciar-se é um de seus direitos de praxe,
Alma consumida pela luxuria da vida eterna, terna lembrança de um dia ter sido vivo
Laços entrelaçados, arraigados com as trevas mantêm-te em estado ativo,

Destinado a suprir seus devaneios e saciar seus vícios
Ramo de rosa silvestre poderia lacrar-te eternamente sem seu amado sítio,
Assim as almas poderiam viver sem sua escravatura demoníaca
Conde, nobreza infernal default da escuridão,
Uníssono da voz do tártaro para a justiça que faz com suas próprias mãos,
Laboriosamente escolhe suas vitimas sem preconceitos ou qualquer definição
Escravo de seu vicio, hediondo animal dilacerador de almas fartai-te da essência humana,
A
mais imunda de todas e que deveras merece ser sua prostituta escrava mundana.


Igor Alexandre B. Graciano Borges

sábado, 11 de agosto de 2012

A MÁSCARA




A máscara de pele morta cobre meu rosto
tortuoso é o desgosto de viver na hipocrisia,
sinto o repudio consumindo minhas entranhas,
gotículas de chuva regadas com sangue escorrem
em meu rosto: funesto, imóvel, abominável!

O eterno beijo da morte adorna meus lábios,
sinto o cheiro da putrefação em meu olfato
vejo meus sonhos sendo mortos por cada golpe outorgado,
Sentirei prazer em ouvir seus gritos, degustarei
lentamente do tutano de seus ossos e sangue
E de cada pedaço seu, que a mim será cedido,

A máscara cria vida e vida agora é a hipocrisia
De tanto usá-la comecei a senti-la viva,
não me sinto mais eu mesmo, me sinto ermo e me sinto
morno me sinto morto e consumido,

A simbiose do que sou e de quem nunca fui
agora é a mesma, meu ser foi assimilado pela anárquica beleza,
e a pele morta agora é viva em mim, sendo um só deste momento
até o meu decrépito fim,

A máscara de pele morta esta me enclausurando,
enjaulando minha verdade face, contendo toda minha
sanidade, me tornando um escravo débil e um ser humano
mais feliz e aceitável.


Igor Alexandre Barcelos Graciano Borges

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A cigarra e a formiga

     Há algum tempo, na terra dos bichos incríveis havia uma cigarra que passava o dia a cantarolar com sua viola. Fizesse sol ou fizesse chuva sempre dona cigarrinha estava com sua violinha debaixo dos braços tocando uma melodia bonita e cantando uma canção feliz. Ninguém negava que ela cantava muito bem. Como a própria dizia: "Cantar alegra a mim e a ti!"
     Na mesma terra dos bichos havia ainda uma formiga muito laboriosa que passa o dia a trabalhar. Fizesse sol ou chuva sempre dona formiguinha estava com sua enxadinha na mão arranjando mantimentos para si e para sua família. Todos da vizinhança viam que ela era boa trabalhadeira. Como ela mesma dizia: "O trabalho é para todos porque a bem aventurança depende dele para ser de todos".
     Aconteceu que numa bela manhã de primavera dona formiga estava apressada carregando dois gramas de folhas quando tropeçou numa pedra, bem perto de onde a cigarra cantora estava, e disse para a tranquila:
     - Desse jeito folgado que estás indo, minha amiga, não chegas viva no inverno. Veja como está gorda, logo estarás um canudinho se não trabalhares para te sustentar na época do inverno.
     A nobre cigarra retruca, faceira:
     - Desse jeito afobado que está indo, minha amiga, não chegas viva nem no outono. Veja como está raquítica, logo estarás só o esqueletinho, e não gostaria de ser a cantora da tua música fúnebre, pois é minha vizinha.
     E dona cigarra voltou a cantar e a formiga a trabalhar.
     Chegou o verão. A formiga, séria em seus afazeres via o outono chegar e logo o inverno, e então poderia descansar em sua casinha, com mantimentos e fartura para muito tempo. A cigarra, indolente em sua cantoria via o outono chegar e logo o inverno, e então estaria frita, pois não angariara nada para se manter.
     Aconteceu que, já chegado o primeiro mês do outono as folhas das árvores começaram a cair, e dona cigarra teve um sonho. Um sonho que de tão maligno, a deixou preocupada. Sonhara que morreria de fome e frio no inverno. E na mesma noite a formiguinha também sonhou um sonho terrível. Teve pesadelos de que nunca se esqueceria: ela teria de passar todo o inverno comendo e só, porque não sabia fazer mais nada além de trabalhar, e no inverno ela não trabalharia.
     No segundo mês do outono lá foi a cigarra aloprada com sua violinha visitar a formiga, mas teve de andar muito, pois durante o dia a formiguinha estava trabalhando. Achou a trabalhadora, e como esta não podia parar os afazeres,  ia atendendo a cigarra enquanto laborava.
     - Senhora formiga, disse franzinho a sobrancelha, toda desconfiada, estou muito vagabunda!
     - Não me admira! Preguiçosa como és!, disse, sem medo.
     - Preciso trabalhar. O que fazer?
     - Pois trabalhe, disse a formiga galhofando da cigarra, imaginando que a coitada estivesse surtando.
     - Mas como minha amiga? O inverno vem chegando, e eu estive pensando melhor esses dias. O que estou fazendo da e na minha vida? Cantando, cantando. Não trabalho, não me preparo para o inverno. Vendo você todos os dias trabalhando, percebi que a vida é muito além de descanso e vagabundice.
     - Pois está muito bem. Para você não dizer que sou um mau inseto, vou te ajudar. Você terá de fazer o que eu disser. Teremos de ter uma parceria. Eu te ajudo e você me ajuda. Quando chegar o inverno, daqui a dois meses, estaremos prontas e sem preocupações. Você topa?, perguntou a formiga lançando um olhar sério para a cigarra.
     - Sim, eu topo. O que posso te dar em troca? 
     - Ensina-me a cantar!
     - Feito!, responde a alegre cigarra, agora mais aliviada por não ter de passar fome nem frio no inverno.
     No terceiro mês de outono a formiga e a cigarra se uniram para mudar suas vidas. Pela manhã e durante toda a tarde as duas trabalhavam. Os demais habitantes da vizinhança achavam curioso uma formiga trabalhando duro e logo atrás uma cigarra acompanhando a labuta da pobre criatura. Quando chegava a noite era hora de cantar. Dona cigarra importou da floresta ao lado uma linda violinha com cordas de bigode de tigre para a formiga.
     Não demorou muito tempo e a cigarra percebeu que sabia trabalhar muito bem, e a formiga também tinha dom para a arte musical.
     Na última semana do outono, quando o tempo já começou a esfriar a cigarra propôs:
     - É, minha boa amiga. Obrigado pela ajuda que me deste.- e abraçou a formiga com um abraço tão forte que ambas se sentiram felizes.
     - Foi um prazer. Agora poderei trabalhar cantando.
     - E eu, menina! Agora vou cantar trabalhando.
     E chegou o rigoroso inverno. A cigarra foi para a casa da formiga, as amigas agora se empanturravam de comidinhas deliciosas enquanto cantavam horas e horas a fio. A melodia era alta e agradava muita gente pela vizinhança dos bichos incríveis.
     Tudo o que se ouviu naquele lindo inverno foi a felicidade da cigarra e da formiga, que varavam a noite sempre fazendo lindas e melódicas serestas.

MORAL DA HISTÓRIA: Um pouco de humildade para aprender e encontrando uma boa parceria pode-se conquistar muitas coisas.

Rodrigo dos Santos e Silva
    

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Papo de brother


Pois e né,  “tipo assim, na boa”, eu nunca pedi pra ter nascido, mas meus pais,  dois favelados sem  noção, não pensaram  no que daria seus amassos atrás da casinha da vovó no alto da favela. O impensado, é que em aquilo em alguma hora resultaria em algo, a ser chamado de humano.
Na verdade sou tão revoltado,  que nem sei se sou desse planeta. Batendo a real pra você meu “brother”, minha vó conta que papai é traficante pesado e o maior assassino aqui do Rio .
Agora pense aí e vá imaginando: eu, o moleque não planejado, o maior rejeitado  do povoado, só pra ter uma ideia, onde eu chego eu escuto alguém dizer:
- Pessoal ,vamos raleando, cada um saindo na sombra!
Outro dia fui numa igreja que fica há uns 4 quarteirões da casa da vovó. Chegando lá o cara da portaria,  todo de terno e gravata,  parecendo os segurança do Obama, disse:
- “Ae” meu irmão? Pra entra aqui tu tem que deixar sua arma comigo.
Olhei pra ele e apontei a arma no nariz dele e disse:
- “Ae”? Pra começar não sou teu irmão cara. E se “tu” não deixar  eu entrar com minha vovozinha, garanto que hoje tú não vai ver o brilho das estrelas e amanhã tú vai estar debaixo de 7 palmos de terra. E aí? Vai encarar? Ou vai deixar  eu entrar? Seu segurança internacional!
Mano de Deus, o cara olhou pra mim num espanto! Nessa altura minha vó já gritava pelo amor de Deus pra eu num apagar o cara.
Eu disse a ela:
- Fica relax minha coroa, foi só um susto de nada.
E cai na gaitada, entrei na igreja sorrindo. Ate me transformei, quando olhei no banco das “mina”. Nossa!  cada uma mais ajeitada do que a outra. Fiquei todo “piradão”!
Cheguei todo malandro e sentei logo na frente. Uma das “mina” veio e me cumprimentou dizendo:
- Seja bem vindo e volte sempre.
Velho de Deus! Juro que nunca acreditei nessa droga de amor, mas quando a garota segurou minha mão eu tremi  na base, fiquei todo bobão,
Vovó disse:
- Ei moleque, fecha a boca se não a baba vai cair.
Cara, daquele dia em diante senti minha vida se transformar. “Pô”, velho,  todas as noites eu sonhava com a “mina”.
Outro dia, já no fim da tarde, eu tava todo doidão, tinha acabado de fumar e tava caído na escadinha da favela quando escutei  uma voz bem distante dizendo:
- Caio? Oooo Caio? Levanta meu filho!
Olhei pra cima, era vovó. Pensei :
- Meu Deus essa velha não me deixa em paz!
Deitei a cabeça de novo entre minhas pernas e escutei  vovó de novo, dessa vez  seu chamado veio com uma passada de mão no meu cabelo :
- Caio? Levante-se meu filho. Tem visitas lá em casa!
Levantei no maior nervo do mundo e disse:
- Quem é que ta lá?
Antes que ela respondesse eu continuei:
- Bem que poderia ser a morte né, velha chata dos infernos!
Vovó não desistiu de mim,  abaixou a cabeça e disse:
-Vamos meu filho! As visitas estão nos esperando.
- Tudo bem coroa já to indo!
O “meu” levantei de lá na maior sede  tinha um resto de água da chuva dentro de um pneu velho, num pensei duas vezes.  Usei minhas mãos e saciei minha sede.
Ah “velho” tu pensa que e fácil essa vida de malandro? Então errou pois e a maior furada.
Segui pra casa da vovó, cheguei la tinha um bando de jovens desocupados sentado no sofá, cada um com um livro de capa preta que chamavam de bíblia.
Fiquei parado na porta e disse:
-e “ae”? seus pivetes? “Tão querendo o que”?
-Aqui num tem droga pro “ceis” não!
Nesse instante uma “mina” levantou do sofá que ficava do lado la janela e disse:
-não Vinhemos buscar nada de você, estamos aqui para depositar todo nosso carinho felicidade e confiança em você, queremos que você faça parte de nossa comunidade rumo a Cristo!
-Cara de Deus, sabe quem era a “mina”?
Era aquela que vi outro dia na igreja da vovó. Meu coração de novo quase saiu pela garganta. E eu de novo fiquei sem noção!
Fizeram todo ritual deles, cantaram, fizeram orações, e eu ali calado como uma múmia.
No outro dia o efeito das drogas passou, vovó me contou que eu tava imundo feio fedido tirando onda com as visitas, foi então que parei pra refletir  que minha  liberdade num tem a ver com depender de  todas as drogas, vícios ou virtudes do mundo. Liberdade é poder escolher.
Eu um jovem de apenas 22 anos de idade senti minha vida sendo transformada aos poucos, não pelo fato de estar frequentando a comunidade de jovens cristãos, e sim por que escolhi viver, e isso e o mais importante.
Hoje já não tenho vovó  aqui perto de mim, ela me deixou  quando um “filho da mãe” matou ela por causa de 15 reais quando ela voltava da padaria.
Minha felicidade se concretizou o ano passado, casei com a “mina” da igreja da vovó tenho 2 lindos filhos, e graças a Deus sai do mundo do crime.
Mas infelismente nunca conheci papai nem mamãe.
-Mas vamos indo embora, já to atrasado pro trabalho!
-Valeu meu velho, por me escutar!
-Nem precisa agradecer, estarei aqui sempre.
-Vai na sombra!
-falou!


terça-feira, 31 de julho de 2012

Traição



Sou fogo sem controle
Sou paixão insensata
Sou tentação em pessoa
Sou desejo que mata
Sou o prazer que cega
Sou o pecado do momento
Sou a sua fantasia
Sou também o seu tormento
Causo prazer, causo delírio
As vezes arrependimento
Sou a luxuria, sou sua  loucura
As vezes sou sofrimento
Porque escondido é bem melhor
Porque perigoso é divertido
Porque o que é certo não tem graça
Porque o que é bom é proibido.

Gleicy Dias

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Escrever faz bem

A caneta
A liberdade
O dom
A vontade
A inspiração
O leitor
O publico
As imagens
As análises
As criticas
O elogios
A tranquilidade.

Tranquilo vive aquele
que se expressa,
colocando para fora
suas alegrias, tristezas,
desejos, e fúrias.

Podendo até inventar,
e porque não dá asas
a imaginação.Nosso
cérebro borbulha, borbulha...
Máquina criada por Deus,
que grande capacidade
possui. Imaginar? não
podemos, o que ele é capaz.

Rabiscando pápeis vou
arquitetando textos, que
por mais simples que possa
parecer, possui uma essência
unica, individual, e uma
importância celébre de um
eu as vezes irreconhecível
por ele mesmo.

Infíma é a vontade de parar.
Me calar? nunca, também
não depende de mim, o
prazer de escrever corre nas
veias, cabendo ao cérebro
somente obedecer, mandando
assim um e-mail para as mãos.
-È hora de escrever.


Derlange Ataides